Uma psicóloga detida por suspeita de racismo em Goiânia, no
sábado (2), foi solta após passar por audiência de custódia, no domingo (3). O
caso aconteceu durante um campeonato de futebol infantil no Residencial San
Marino.
Conforme a Polícia Civil, Laryssa Brasil Bassanesi é mãe de
um dos alunos que participava do torneio infantil. Em determinado momento, a
suspeita teria chamado o técnico de um dos times de “macaco” e ainda fez gestos
que simulavam os movimentos de um primata.
Na ocasião, a vítima chamou a Polícia Militar (PM), mas a
mulher fugiu do local. Os policiais civis, então, foram à casa da mulher, no
setor Marista, e a prenderam em flagrante.
Às autoridades, ela afirmou que o filho dela sofria faltas
constantes e que o técnico adversário, a suposta vítima, comemorava a cada vez
que isso ocorrido. Disse, ainda, que comentou com as crianças que ele “podia
parar de fazer macaquices”, mas que pediu desculpa após o jogo, mas ele não
aceitou.
Na decisão, ela foi proibida de frequentar locais
esportivos, manter contato com a vítima ou falar sobre o caso nas redes
sociais. A defesa dela informou que a concessão da liberdade foi justa e
adequada e que, sobre o caso, vai se manifestar nos autos.
De sábado para domingo, a suspeita ficou presa em uma cela
da Central de Flagrantes. Por causa da pena, não cabia ao delegado arbitrar
fiança. Durante a prisão, o esposo da psicóloga, que é médico, disse que a
mulher foi vítima de perseguição e inveja por “ser bonita”.